TATUAGEM
Meu nome num poema não diviso
Nem decifro o enigma dessa esfinge
Que me borda um xadrez na ideia e cinge
Um verso misterioso e tão conciso.
Deixaste-me a razão de sobreaviso
E a minha lucidez já se restringe
À dúvida do ser n’alma que finge
Buscando ver-me, perco-me indeciso.
Porém, só uma certeza em mim persiste:
Poesia és tu, que és borboleta nua
Enigma inspiração que vem e some.
Se é teu este poema a mim consiste
Tatuar este segredo à pele tua
Pois que o soneto já contém meu nome.
Meu nome num poema não diviso
Nem decifro o enigma dessa esfinge
Que me borda um xadrez na ideia e cinge
Um verso misterioso e tão conciso.
Deixaste-me a razão de sobreaviso
E a minha lucidez já se restringe
À dúvida do ser n’alma que finge
Buscando ver-me, perco-me indeciso.
Porém, só uma certeza em mim persiste:
Poesia és tu, que és borboleta nua
Enigma inspiração que vem e some.
Se é teu este poema a mim consiste
Tatuar este segredo à pele tua
Pois que o soneto já contém meu nome.