Paradeiro do poeta
Do meu peito à folha caminho sinuoso,
De cicatrizes e amores se faz a trilha,
Entre o sublime e o mundano jaz partilha,
E de feridas abertas existe o gozo.
Um medo atormenta momento presente,
Não receio que meus versos mudem,
Tenho pavor de que não escutem,
Os gritos que povoam minha mente.
Vozes que querem ser escutadas,
Que no limbo espectral foram deixadas,
Sussurros mudos de almas destruídas.
O legado deve ser deixado de antemão,
Pois se o poeta morrer, então,
Se tornará páginas escritas.