Aurora do amor
Saudades daqueles tempos de outrora...
Os sonhos puerís que da mente sumira,
É em doce sensação que a boca delira,
Degustar com gana, os sabres d'aurora...
Mas, este acre gosto na língua d'agora...
Tal fruto do fel, que esta vida me dera,
Ferido do amor, quando o peito acelera,
Seguido da dor quando tú foste embora...
Ó arrojo inocente, qu'em mim inda mora,
Do sorriso ingênuo que minh'alma admira,
É da sua ausência que est'olho te chora...
Ó quimera infantil, que ao tempo demora,
Quero voltar a ser criança, para esta era,
Fantasias vãs que a este peito te implora...
Valdívio Correia Junior, 22/07/2010