Aurora do amor

Saudades daqueles tempos de outrora...

Os sonhos puerís que da mente sumira,

É em doce sensação que a boca delira,

Degustar com gana, os sabres d'aurora...

Mas, este acre gosto na língua d'agora...

Tal fruto do fel, que esta vida me dera,

Ferido do amor, quando o peito acelera,

Seguido da dor quando tú foste embora...

Ó arrojo inocente, qu'em mim inda mora,

Do sorriso ingênuo que minh'alma admira,

É da sua ausência que est'olho te chora...

Ó quimera infantil, que ao tempo demora,

Quero voltar a ser criança, para esta era,

Fantasias vãs que a este peito te implora...

Valdívio Correia Junior, 22/07/2010

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 23/07/2010
Reeditado em 11/02/2012
Código do texto: T2395570
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