No Leito De Morte

Ó morte que anseio infinitamente.

Vejo-te em sombras e suspiros a meu lado.

Sonhos que outrora enfeitaram meu passado

Trazem-me agora horrores no presente.

Pobre de minha mãe tão descontente

Que ao ver-me padecer tão triste estado

Minhas mãos segura, e o pranto derramado,

Rega em vão a flor que vai tão brevemente.

Rogo-te! O prazer do último afago,

O último beijo, o gole, o último trago

E o último aperto de mão do pai amigo...

De minha amada quero flores na partida,

Versos de amor, lágrimas de despedida.

O resto eu darei ao diabo e vou contigo!

Eltonn Moreira
Enviado por Eltonn Moreira em 21/07/2010
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