No Leito De Morte
Ó morte que anseio infinitamente.
Vejo-te em sombras e suspiros a meu lado.
Sonhos que outrora enfeitaram meu passado
Trazem-me agora horrores no presente.
Pobre de minha mãe tão descontente
Que ao ver-me padecer tão triste estado
Minhas mãos segura, e o pranto derramado,
Rega em vão a flor que vai tão brevemente.
Rogo-te! O prazer do último afago,
O último beijo, o gole, o último trago
E o último aperto de mão do pai amigo...
De minha amada quero flores na partida,
Versos de amor, lágrimas de despedida.
O resto eu darei ao diabo e vou contigo!