Soneto da Morte
Ó morte, morte
Que teu sabor é festa
Faze-nos unir ao pranto
Uni-nos a dor em restas
Teu clamor é pranto
Teu sabor é dor
Teu amor é morte
A morte é a tua flor
Ó vida que chama-se morte
Desta passagem de são
Fazei-me teu filho, pai da escuridão
Escuridão de frio, escuro de dor
De névoa, de rio,
da mata, do sangue de amor.