Serpente Mulher

Seus olhos são como o rio em cachoeira

Que devaneia e se move ora em prantos

Insaciável o desejo que em ti norteia

Ao florir das flores em verdes campos

Seu mundo é algo tão misterioso

Que não me ouso a desvendá-lo em segredos

Não que eu seja o oráculo presunçoso

Pois sou apenas uma história sem enredo

Oh, mulher que destrói e constrói tantos desejos

Em tuas vestes já se esquece dos seus medos

Rainha impiedosa que mutila corações

Que me livre dos seus vis e mortais encantos

Pois adiante, há tantos precipícios esperando

Alguns insanos alienados de paixões