XXIII
 
Recomecei a vida sem você,
agora já não sonho, nem divago,
os rastros seus desfaço, tudo apago,
sinais de nosso amor ninguém mais vê.
 
Nem quero mais ouvir o seu por que,
sentir, na minha tez, o falso afago.
joguei o seu retrato lá no lago,
não fica mais ao lado da tevê.
 
Recomecei do nada e sem ninguém,
querendo ir mais longe, mais além,
e sem levar comigo dor, saudade.
 
Não mais me ferirá o seu desdém,
a morbidez de sua frialdade:
eu quero paz, poesia, liberdade
 
Brasília, 19 de Julho de 2010.
Ciclos, 2.013, pg. 47
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 19/07/2010
Reeditado em 09/09/2020
Código do texto: T2386212
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.