Entrarei porta a dentro como ventania,
Ficarei ali a bagunçar tuas roupas, teus bens,
Assanharei o teu penteado por um dia,
Depois farei de outros cenários meus reféns...
Entrarei pelos teus pulmões com sutileza
E deixarei tua alma aturdida de paixão,
Ao percorrer teu corpo como correnteza:
Rio a inundar de poesia teu coração...
Entrarei pelos teus escritos mais sutis,
Letra sem forma deslizando no papel
E como um anjo, sem abrigo, casa ou céu,
Hei de segui-la, pra fazê-la mais feliz...
- Somente assim, tu poderás enfim me amar:
Bater na porta? Não precisa, é só entrar!