ACREDITEI
Sou aquela que perdeu os sonhos pelos caminhos,
Correndo atrás de uma obssessiva e mentirosa ilusão,
Deixei me levar por resmungos calmos e baixinhos,
Acreditei num credo que desolou meu coração.
Acreditei na vida, nos homens de branco responsáveis,
Também acreditei no amor, nas ervas, na química, casa de saúde;
Em tudo acreditei, porém em vão. Todos imperdoáveis!
Digo chorando, em alto som, sempre amiúde.
Joguei fora todos os desejos e guardadas esperanças
Por terra. Deixei cair minha alma pobre e alucinada.
Plantei em minha mente somente lembranças.
Sou aquela que perdeu os sonhos pelos caminhos
Que agora debruça no tempo com a alma marcada
Esperando ser levada um dia por um impetuoso redemoinho.
DIONÉA FRAGOSO