Lua
Ora, qual astro quente? Ardor
Que queima! Diga-me! E eu te contento
Sob a tua luz branca, e de fulgor,
E de paixão, e eu te acrescento...
Diga-me! Que eu serei o teu alento...
E no deserto infinito do teu amor
Serei a água a matar-te a sede! E sedento
Doidamente eu serei o teu fervor!
Estrela, de qual luz me fantasia?
De quais raios eu te vi passar um dia
Com tantos desejos? Totalmente nua...
De qual céu pertence esse fulgor ardente?
De qual idolatria vieste? simplesmente
Para que pudesse chamar-te: Lua!
(Poeta Dolandmay)