DESABAFO
Que rasguem meus cordéis, sonetos, trovas!
Destruam o que escrevi nos meus delírios,
Pois frutos são do meu sofrer, martírios,
Das dores minhas são, enfim, desovas...
Que atirem tudo que eu escrevi ao vento!
Os textos não são meus depois que escrevo...
E brotam em mim com tanto amor, enlevo,
Retê-los dentro em mim sequer eu tento!
Que queimem meus indrisos, meus rondeis,
Tirados lá dos fundos das entranhas,
Rebentos meus, de minhas vãs façanhas!
Minhas poesias são bem sei, tacanhas,
Embora sejam amigas bem fiéis,
São dores que atirei nos meus papéis!
Que rasguem meus cordéis, sonetos, trovas!
Destruam o que escrevi nos meus delírios,
Pois frutos são do meu sofrer, martírios,
Das dores minhas são, enfim, desovas...
Que atirem tudo que eu escrevi ao vento!
Os textos não são meus depois que escrevo...
E brotam em mim com tanto amor, enlevo,
Retê-los dentro em mim sequer eu tento!
Que queimem meus indrisos, meus rondeis,
Tirados lá dos fundos das entranhas,
Rebentos meus, de minhas vãs façanhas!
Minhas poesias são bem sei, tacanhas,
Embora sejam amigas bem fiéis,
São dores que atirei nos meus papéis!