Minha linda flor

Minha linda flor, seu amor é meu flagelo...

E seu néctar, é um prazer que eu destilo

Das gotas, que te sorvo em cada carpelo

Envolvido no âmago, em seu doce pistilo...

A cântaros que derramas o teu marmelo...

Me lança teu gozo ao vento em teu sibilo

Ao te roçar de mansinho no meu desvelo

Os teus botões, eréteis, em cada mamilo...

Faz de mim teu suporte, aqui no meu falo

Ao me abrir as pétalas, sem culpa ou dolo

Para encaixar, suas sépalas, por este talo ...

Entranhado em tí, que tú me dás teu colo

Intruso a teu gineceu que eu me intercalo

Pois serás tú meu viver, serei eu, teu solo...

Valdívio de Oliveira Correia Junior, 16/07/10

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 16/07/2010
Reeditado em 23/01/2024
Código do texto: T2381994
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