*** SONETO DE UM ADEUS ***

Em cada gota da friorenta chuva que me molha

Despe minh´alma: o coração corta um beijo teu

O teu amor é pingo de ácida gota sem escolha

O amor nos cega: mas o fogo queima o peito meu...!

O meu corpo tépido se alimentando dessa ilusão

(Desse teu amor restou em mim um imenso vazio)

O sonho acabou nesse frio medo da desilusão

Restou o desejo de não te perder, como por um fio...!

Fiz coisas tremendas, e na fantasia eu me esqueci,

Só em teu olhar, de olhos fechados, eu sobrevivi

_ Caminhar com meus próprios pés eu desaprendi...!

Há dentro de mim, vasta solidão que se faz tamanha...

Caminho em paz, sem teus julgamentos nada me apanha

E não mais aceno, pois meu sentimento ´inda me assanha...!

*** Dedico este soneto à poetiza Sabrina Pontes, com carinho e como interação, se assim o quiser...! ***