SINFONIA DE AMOR [CCXXVI]

Juras feitas, em trovas declamadas,

afeto aos turbilhões explicitado,

promessas abundantes, derramadas

por aquele casal enamorado.

Dos amantes, de tão açucaradas,

as palavras dançavam, lado a lado,

e dos olhos ternuras marteladas,

sinfonia de amor bem orquestrado.

Dias lindos, assim, jamais vividos,

e uns pombinhos, liames, tão constantes

como nenhum dos dois vivera dantes.

Faz-se hiato dos tempos decorridos!...

– E, querida, distante, estás-me avessa,

mas tu não vais sair-me da cabeça.

Fort., 16/07/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 16/07/2010
Código do texto: T2380725
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.