SINFONIA DE AMOR [CCXXVI]
Juras feitas, em trovas declamadas,
afeto aos turbilhões explicitado,
promessas abundantes, derramadas
por aquele casal enamorado.
Dos amantes, de tão açucaradas,
as palavras dançavam, lado a lado,
e dos olhos ternuras marteladas,
sinfonia de amor bem orquestrado.
Dias lindos, assim, jamais vividos,
e uns pombinhos, liames, tão constantes
como nenhum dos dois vivera dantes.
Faz-se hiato dos tempos decorridos!...
– E, querida, distante, estás-me avessa,
mas tu não vais sair-me da cabeça.
Fort., 16/07/2010.