Confissões de amor
Eu gosto meu amor, quando me fitascom esse jeito teu maroto e terno,
fogoso, que me aquece o frio inverno,
silente como as preces mais benditas.
Eu amo quando finges que me evitas,
e assim me espreitas como um ser superno,
se amor imploro e meu desejo externo,
tirando de meu corpo as minhas chitas.
Adoro quando chegas de repente,
trazendo pão de queijo e vinho tinto,
quiçá bouquet de rosas cor carmim.
Ou quando em mim deslizas qual serpente,
trocando teu recato pelo instinto,
e assim te rendes sem pudor, a mim!
Brasília, 15 de Julho de 2010.
Pura chama, pág. 15
Sonetos selecionados, pg. 52