O MEDO
Tantas ânsias represa da palavra
Por escutar a voz da cruz razão!
Emoções vela (só) no diapasão
Da lógica gelada que lei lavra!
Exprime sem pulsar na rota escrava
Da crítica pra ter aprovação!
Envereda, pros moucos; que não crava
Poema tal cicatriz do coração!
A Vida não consegue compreender...
Reprimido e com medo só consente
Emoções após copo de cerveja.
Mas, quando acorda põe tudo a perder...
Pois, não quer, emoções, mostrar que sente
Com temor que o opressor um dia veja.
(Alexandre Tambelli - São Paulo, 2 de Janeiro de 2004 - 16:13h)