QUANDO RIO ENCONTRA O MAR
Por seco chão corria certo rio...
A levar viajante solitário
Por um outro caminho (imaginário)...
Um bardo era barqueiro em desvario.
Cria que retirante sobre leito
Acharia resposta para Vida...
Fardo, açoite, negrume, despedida
Marcaram sua sina neste estreito
E meandrado percurso envelhecido.
Cacto, cruz, cardo, seca, praguejar
Foram bens no viver anoitecido.
Tempo, água, nardo, corpo, desejar
Adulteram passado... Amanhecido
Quando rio do sonho encontra o mar...
(Alexandre Tambelli, para Carla, escrito no final de 2003)