O Colo

Recosta minha tez desnuda e singela

Em teu seio macio, cândido e puro

Na minha alma tece o prumo e o apuro

E sirva-me os caldos de sua tigela

No teu colo encontro o afago e o calor

E a mais bela paisagem, imensidão

Devo confessar um certo comichão

Que não é exatamente um puro amor

O olfato capta o exalo de uma essência

Que perfuma o ar e contamina a mente:

Já não sou tão perfeito, puro e inocente

No teu colo encontro o esteio e a lascívia

O sustentáculo da paixão e a amência

E o prazer que impõe a minha alma oblívia

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 15/07/2010
Código do texto: T2378978
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