Dogma
 
Homem — eu nada sei dos teus segredos.
Dizes que sou mistério e acredito, 
mas se nós dividirmos nossos medos,
temos força a gerar sonho infinito.

Homem — só por ser meu, já és bendito.
Dizes que sou teu brilho e teu folguedo, 
tu, que escondes na índole, o delito
de amar, pelo prazer que te concedo.

Acaso olhas pra mim, mas não atinas,
como ressurge doce a primavera,
quando ao olhar pra ti vejo a ruína,

de todas as defesas que tivera?
Conjunto de atributos que alucina,
deténs o imponderável da quimera.



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