Dane-se a gramática

Dane-se a gramática

Com suas normas regráticas,

Que venha a literatura,

Ímpeto puro de minha postura

Sendo como o negro corcel

Que dilacera o pernicioso véu

Maculante da estúpida gramática,

Pois em poesia reina a fantasia

Destruindo assim impostas regras

Tão infundadas quanto vazias

Que tolhem a imaginação

Como também o verbo, ser primeiro da criação,

Erupção em vulcão, sendo

Imagem da concepção do verso!

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