O Beijo

Minha alma agradece seu pudor

O casto beijo fenece e constrói

A ponte entre mim e você: o ardor

E o fervente senso em mim e me rói

Não fosse tua boca gentil e fulgurante

Não tivesse o preceito incontinente

A sua mão distraída e lábios abaulante

Que parecem guardar uma alma adurente

Não fosse os teus beijos tão castos

Isentos e intactos, e o seu ato fermoso

Seria eu enfim entregue, absintioso

Seu beijo contido traz um ato pungente

Escondido o absinto alucina-me a mente

Treme-me o peito, pensamentos incastos

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 14/07/2010
Reeditado em 14/07/2010
Código do texto: T2376971
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