Espiando pela janela

Acordando, depois de dar bom dia a ela

O hábito me levou até aquela janela

pela manhã, ver todos modelos de vida

vistos e falados por uma vizinha enxerida

tanta graça passava, do outro lado da rua

tão cedo desfilava, como se caída da lua

encantado, deixei na cama, a Ana já amada

ela nem percebia, que estava sendo roubada

Agarrei-me a gelosia, e sem sair do lugar

Voltei-me à cama antiga, a quem devia amar

Sentindo o cheiro do amor, apaguei o devaneio

Pedi a ela, para dividir comigo o travesseiro

E ao sentir, tão perto o aroma que dela emana

de seduzido a revivido, pois o meu amor é a Ana

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 14/07/2010
Reeditado em 14/07/2010
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