Espiando pela janela
Acordando, depois de dar bom dia a ela
O hábito me levou até aquela janela
pela manhã, ver todos modelos de vida
vistos e falados por uma vizinha enxerida
tanta graça passava, do outro lado da rua
tão cedo desfilava, como se caída da lua
encantado, deixei na cama, a Ana já amada
ela nem percebia, que estava sendo roubada
Agarrei-me a gelosia, e sem sair do lugar
Voltei-me à cama antiga, a quem devia amar
Sentindo o cheiro do amor, apaguei o devaneio
Pedi a ela, para dividir comigo o travesseiro
E ao sentir, tão perto o aroma que dela emana
de seduzido a revivido, pois o meu amor é a Ana