Por que Me Culpas?

Com o teor deste cálice com mel e cicuta,
Dizes-me coisa fósmea... Um infando nó;
Cheguei famélico como frágil cipó...
De tua farmácia, — Por que o remédio maluco?

Esqueça o malédico gosto de jiló
E olvida os impulsos maléficos... — Escuta:
— Eleva tua vibração e verás a tua conduta;
Ouça a prédica Cristã ou as páginas de Jó.

Verás a vida dócil, e, amena a tua luta!
Ouça esta récita: — Os párias não têm filó:
As almas refratárias precisam de juta.

Peço o teu refúgio para não me sentir só
— Rogo!... Fascínio dos anjos!... -– Olhai m´gruta!
Ah! Vida interminável!... A carne será pó!...

Ribeirão Preto, 29 de setembro de 2001.
16h25min.

Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 14/07/2010
Reeditado em 02/12/2011
Código do texto: T2376353
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.