Cruel


Seus olhos, quando me fitam, já não brilham
Não me procuram mais, sempre me evitam
Já não mais se "alegram" com a minha presença
Já não mais choram com a minha ausência

Essa indiferença tanto me entristece
Que me sufoca, castra, enlouquece
Essa dissimulação só me magoa
É um jogo constante que me deixa à toa

Às vezes penso que não vou mais suportar
Esse jeito cruel do vento o amor levar
É como quem oferta o pão com uma mão

E com a outra chicoteia sem perdão
E vai embora, assim sem mais nem menos
Abrindo feridas em meu coração