Lápis e borracha.
O papel aguarda, alvo como a neve.
Ele encerra lívido tudo que vem...
Ele está apto, prestes a dessabrochar...
Transbordante de mel e fel.
Ele quer que haja vida, a brotar...
Em sua quietude tão igual.
E o lápis repousa absoluto em seu lugar.
A borracha parece observá-los nestra luta...
Ela é uma festa só, sabe que sua função...
Será de apagadora, e reconstrutora...
Das mais raras obras....poéticas.
Mas chega o escritor dizendo e fazendo...
Com sua agilidade ... e ordenança...
Pega o lápis, e sobre o papel...o lança... irrompendo-o!