BAILARINA
Odir, de passagem

Talvez não fosse musa nem boneca
a bailarina que nos versos vi
tão leve como pluma de peteca,
suave como canta o bem-te-vi!

Talvez, menina, fosse inda sapeca
na vivência do sonho que vivi,
velando valsa à sílfide moleca
em cena casta que me concebi.

Será que vi dançar a dançarina,
ou foi somente a sombra da mais doce
determinante da visão divina?

A minha bailarina transmudou-se
ou, quem sabe, não fosse bailarina
a bailarina que pensei que fosse?

JPessoa, 06.07.10

oklima
Enviado por oklima em 11/07/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2371701
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