BAILARINA
Odir, de passagem
Talvez não fosse musa nem boneca
a bailarina que nos versos vi
tão leve como pluma de peteca,
suave como canta o bem-te-vi!
Talvez, menina, fosse inda sapeca
na vivência do sonho que vivi,
velando valsa à sílfide moleca
em cena casta que me concebi.
Será que vi dançar a dançarina,
ou foi somente a sombra da mais doce
determinante da visão divina?
A minha bailarina transmudou-se
ou, quem sabe, não fosse bailarina
a bailarina que pensei que fosse?
JPessoa, 06.07.10
Odir, de passagem
Talvez não fosse musa nem boneca
a bailarina que nos versos vi
tão leve como pluma de peteca,
suave como canta o bem-te-vi!
Talvez, menina, fosse inda sapeca
na vivência do sonho que vivi,
velando valsa à sílfide moleca
em cena casta que me concebi.
Será que vi dançar a dançarina,
ou foi somente a sombra da mais doce
determinante da visão divina?
A minha bailarina transmudou-se
ou, quem sabe, não fosse bailarina
a bailarina que pensei que fosse?
JPessoa, 06.07.10