Autoral
Corre no meu sangue uma força
Da fúria dos índios dessa terra,
Os sons dos atabaques dos negros,
Que foram exilados do seu reino.
Sou a chuva que emana tempestades,
O vento que move arreia no deserto.
Abençoado pelos deuses da trovoada,
Da guerra, qual eu vivo dia após dia.
Sou a arte dos meus ancestrais,
Que movem as galáxias do universo
E fazem os astros indestrutíveis.
Sou a misericórdia dos que rogam,
Dos incrédulos, que tanto peregrinam
Pelo indelével dos erros no passado!