Tolice
 
Tolice minha ter pensado um dia
que tu me amavas tanto quanto eu
se o teu amor sequer alvoreceu
e, muito antes de chegar, partia.
 
Fui tola, eu sei. Em outros tempos cria
naquele terno olhar, que era tão teu,
e que sonhava ser, um dia, meu,
enquanto, nem amor, em ti havia!
 
Tolice minha! Tola eu fui, por certo,
busquei-te como oásis no deserto,
de sede morta, morta de paixão.
 
E agora, que meu ser está liberto,
que livre tenho a alma e o coração,
tolice a tua me buscar em vão.
 
Brasília, 10 de Julho de 2010.

Seivas d'alma, pg. 59
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/07/2010
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T2370481
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