Acordado
De forte fez-se o fraco decentemente
Não piscar para não cair, assim andou
Inalou seu cheiro tênue...Ele amou!
E fez-se em ti a armadura do presente.
Presente bem dado em calor carente
Na tristeza de perdê-lo, bruto, se calou
Fechou os olhos e no mar, a si, afogou
Pela malfadada dor que o quis demente...
E por querê-lo assim caiu em se esquecer...
E de beber teu sonho morreu num mar
Feito de lágrimas que se dissipam do olhar
Vago! Que um dia há de se esmorecer...
Pelo quanto o desejou, cálido, abraçar
Antes que a bruta morte impedisse de viver!