Borboletas: Cores que voam.
Suavidades listradas com cores variadas,
toques lentos no movimentar de asas ao vento.
Elas, o brilho maior do canteiro colorido de flores desabrochadas,
que as recebem como majestades com vestes aveludadas.
Leveza de um “Ser” que pousa sem o mínimo ruído fazer.
Não importuna a mais serena pétala, acariciando-a como pinceladas de pena.
Composição de um corpo... harmonizando cor, beleza e delicadeza,
com seu vai e vem, matiza como folhas douradas pelos ventos carregadas.
Seu sobe e desce, traçam gráficos que caberiam nos anais das partituras musicais.
Num ritmo compassado, como mãos hábeis de um maestro conduzindo grupo afinado,
ve-la voar traz aprazível escuta igualando-se aos da batuta, quando libera os acordes [iniciais.
Liberdade... a esta de maior plasticidade.
Recoberta com uma nuance, cujo matizar desequilibra o globo ocular,
levando-a... a despontar como a mais bela e singela “cor” a voar.
Abraão Leite Sampaio.
Obra editada através de concurso literário no livro:
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos- Vol. 68