VELHO AMIGO

Quando todo o mar de tez agitada

inundar esperanças da tua vida,

o fim há de vir em noite assombrada

e a morte, traiçoeira, se fará ouvida.

A sombra do teu medo em disparada,

dará lugar a mão que te convida

e na esfera de tua última pousada

encontrarás a paz como avenida.

Os anjos do céu enfeitarão o caminho

com flores espalhadas no teu abrigo.

A imensidão azulada do teu ninho!

E a descrença tola que veio contigo,

queimará junto com teu ser mesquinho

sob a luz do teu verdadeiro amigo!

Este soneto foi postado originalmente na página "AMIGO" do poeta JACÓ FILHO em companhia dos poetas ARÃO FILHO e ELEN NUNES e cujo link abaixo transcrevo:

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/2308938