DESCONFIADO

Já fui criança que saltava ao vcorrendo pelas trilhas dos camponeses

já fui menino de roça tantas vezes

tão esperto sem parar um só momento

já fui guerreiro pra ganhar minha comida

de calejada minha mão não mais sentia

que apesar de toda minha valentia

sem carinho nem percebia a minha vida

fui artista, santo, médico, jogador

e na calçada já rolei jogo de dado

hoje vivo das lembranças do passado

e analiso de soslaio o meu futuro

que está lógo alí, atrás do muro

por isso vou bem devagar, desconfiado.

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 09/07/2010
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