Labirintos
E deste ponto, além da estratosfera,
A Terra — pequenina e bela — eu vejo.
Não há razão de ser para o desejo!
Bebi, da eterna essência, quem eu era.
Ao longe, era d’encanto a longa esfera,
Mergulhada no eco dos lampejos...
Eu era o vento — a chama dos arpejos —
Da abelha-mestra — estóica primavera!
Os íons viajavam velozmente,
As cargas portadoras da semente:
Há modos de entender tudo que existe.
Regozijo nesse frescor, que insiste
A levar-me a dédalos brilhantes...
— Na imortalidade semelhante!
Nilza Azzi // Paulo Costa