VALSA NÚMERO UM

último jarro de águas

gralhas gretas grilos

nessa música ensandecida

de chuvas de choros

é minha única dívida

ver as nuas nas naus

afoguearem-se nas mágoas

aos gritos, gemidos sísmicos

último jarro último cântaro

as águas já não se esbarram

no rumo do mar avaro

haja voz, vagas violetas

história que os sons narram

são os olhos desse esteta

(pela primeríssima vez aventuro-me ao mar do poema formal, no caso, aqui, um soneto. De cara já percebo alguns erros, de ritmo, de imagem qualquermente elaborada, de rima pobre, de ideia mal formulada. Mas, como abrir mão do "primeiro beijo", mesmo que seja mal dado? Pois é assim que me percebo, virgem, diante dessa revoada de prazeres que me acomete agora, findo esse textículo ainda disforme, mas ainda assim filho querido que pari e amo)