Amor-paixão senti pelo Diogo.
Que sentimento forte, abrasador!
E me queimou inteira, como o fogo
Queima o papel das cartas de um amor.

Que erro mais tolo:
ele era demagogo
E me envolveu em erros... Sem pudor.
Levou-me à farsa. Libertei-me a rogo!
E nunca mais, assim, quero dispor

Dos meus afetos. Quero a alforria.
E que o Diogo tenha o que merece.
Minha revolta já não se disfarça

E o meu desejo? Outro não seria
— e até por isso faço a minha prece —
Vê-lo penar de amor, só por pirraça.


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