SÓ LEMBRANÇAS...


Difícil se imaginar descendo rio abaixo
Nas águas transbordantes, lamacentas
O que há bem pouco tempo era um riacho
Suas águas se transformam em violenta.

Quantos naquele riacho já não se banharam,
Quantas incontáveis vezes sequer perceberam
Que alguns às suas margens se enamoraram
E hoje só se conta quantas vidas feneceram.

Vidas que foram levadas sabe Deus pra onde
Porque algumas sequer são encontradas
Aquelas águas os levaram para muito longe
.
E aquele lindo riacho que ilustrava as cidades
Para alguns que o amavam se fez túmulo
Servindo de transporte para a eternidade.


Brasília, 05/07/2010