O Poeta e a saudade
(Errante)

 

Por que me enchestes de amor leve

Se tu sabias do meu peito forte?

Qual foi a razão do teu grito breve

Se na paixão não te cabia a morte?

 

Por que me fizeste um gosto imenso

Se qual o teu sabor não há doçura?

Se tu sabias do meu sol intenso

Por que me deixaste nessa tortura?

 

Nada a fizeste arder? Não há vida!

Tão vazia! Sombria e calma, solidão...

Gosto azedo d’um absorvente amor!

 

Onde me está ela, a ensandecida?

Por que a expulsaste do meu coração

Se sabias da amplitude de sua dor?

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 05/07/2010
Reeditado em 24/05/2013
Código do texto: T2359897
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