PEDROS e PEDRAS
Estou novamente publicando esta poesia com a qual estreei aqui no recanto, no dia 11 de novembro de 2007.
"... e saindo dali chorou amargamente"
(S. Mateus 26.75.)
Ah, Pedro! Esse chorar amargo, tenso
Para Deus é uma doce melodia.
Um harmonioso coro ao céu suspenso
Em acordes pungentes de elegia.
É de arrependimento o choro intenso,
A dor que te fustiga e te angustia.
Que sobe para Deus -Suave incenso
E faz tua tristeza em alegria.
Oh quão feliz tu és no triste canto.
Há júbilos na dor deste teu pranto,
Pois muitos mesmo ouvindo a voz do galo
Não demonstram em si tristeza ou dor
Após terem negado ao Salvador.
E, pedras, continuam a negá-lo.