BELEZA NEGRA

Da negritude da sua pele

Se esvai o calor que enlouquece

As loucuras magníficas que corrompem

O maravilhosso desejo que enlouquece

Meu corpo jaz a beira do espanto

A mortífera chaga aberta em meu peito

No sentimento voraz que deleito

Do ébano cheiroso que me invoca calado

Contrario o silêncio de falar tão morto

E apresento o desejo que assim é falado

E que esse bronze se mostre só meu

E que esses dentes me arranquem os tacos

Que nas nuvens encontre os vácuos

Que no meu coração padeceu

Graciliano Tolentino

21-05-2010

Graciliano Tolentino
Enviado por Graciliano Tolentino em 04/07/2010
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