ÁRVORE
Abrigo, sem vaidade, tantos quantos,
De lutas vindo buscam refrigério;
Não lhes cobro um real por serem tantos,
Eu dispenso esse sórdido critério;
Ao que sorri feliz, ao triste, ao sério,
Dou, a todos, os mesmos acalantos...
Abrigo verde, puro, sem mistério,
Templo das alegrias e dos prantos.
E ainda dou o fruto ao que tem fome,
Sem sequer perguntar nem mesmo o nome
Do cansado e faminto viandante.
Direis, agora, então: – vós sois um templo!
Eu vos direi que sou também – exemplo
De bondade – frondosa e verdejante!