Sonho de uma tarde albicante

Sonhei com os lábios de mel e afanei, de vez, a sua voz e corri solto.

Preparei para ti o meu azemel a fim de que me torne, de vez, absolto.

Mas você respirou e forçou-me, de joelhos e de vez, a pedir o perdão

Ao teu coração colendo. Roçou, de vez, sua foice o meu caráter cardão.

Acordei com meus lábios no céu, você havia me beijado e deixado

Em êxtase e do sentimento escarcéu, fazendo o meu peito abaloado.

Repercutindo seus olhos em mim num frio que reconfortava a alma

E um calor persistente e armim e você era serena em minha palma.

Você me afanou o sentido real e procurou entender meu ser integral.

Dilacerou-me seu olhar vis-a-vís e recobriu-me de sua beleza tácita

Recôndita expressa em sua alma, mas escondida em forma ostrácita.

E te querendo em mais um sonho, jurei ver novamente a sua beleza

E adormeci, rezando e a ti inconho mendiguei sua presença, realeza!

Recostado nesse carvalho-negral e balbuciando a ti versos em jogral.

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 02/07/2010
Código do texto: T2353068
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