Sonho de uma tarde albicante
Sonhei com os lábios de mel e afanei, de vez, a sua voz e corri solto.
Preparei para ti o meu azemel a fim de que me torne, de vez, absolto.
Mas você respirou e forçou-me, de joelhos e de vez, a pedir o perdão
Ao teu coração colendo. Roçou, de vez, sua foice o meu caráter cardão.
Acordei com meus lábios no céu, você havia me beijado e deixado
Em êxtase e do sentimento escarcéu, fazendo o meu peito abaloado.
Repercutindo seus olhos em mim num frio que reconfortava a alma
E um calor persistente e armim e você era serena em minha palma.
Você me afanou o sentido real e procurou entender meu ser integral.
Dilacerou-me seu olhar vis-a-vís e recobriu-me de sua beleza tácita
Recôndita expressa em sua alma, mas escondida em forma ostrácita.
E te querendo em mais um sonho, jurei ver novamente a sua beleza
E adormeci, rezando e a ti inconho mendiguei sua presença, realeza!
Recostado nesse carvalho-negral e balbuciando a ti versos em jogral.