QUE SEJA ETERNO!

 

 

Se tu me tens toda esta afeição

Não há como provar - senão com atos.

De ti, tenho provado os desacatos,

Com que tens me ferido o coração.

 

A lança que usaste - me feriu

Deixando estas marcas tão profundas.

E, quanto mais em versos te afundas,

O meu coração diz que não sentiu.

 

Quem sabe, um dia, enfim tu me convenças,

Desta paixão que me dizes que sentes

Derrotando, de vez, minha descrença.

 

Libertarei a minha desventura

Quebrando com firmeza as correntes,

Que hajam provocado esta amargura.



 

Inspirado no belo Soneto

“AMOR APRISIONADO”

  Do poeta e amigo Luiz Morais