Domínio
Eu morro de viver a tua ausência
em toda tua falta que me mata.
Por que me dás a vida e me arrebatas
deixando-me ferida a existência?
Não sabes o que fere, o que maltrata
o vácuo que se expande na consciência
se levas dos meus olhos a presença
da vida em sua forma mais exata.
Talvez só me abandones por que saibas
que tudo que começas, tu acabas
fingindo que te vais em despedida...
Talvez por perceber o meu fascínio...
Talvez para testar o teu domínio
tu brincas de matar a minha vida.