VOYEUR
Odir, de passagem
Parei ante a janela entreaberta,
bem perto de meus passos na calçada.
Ela dormia quase descoberta.
Um tiquinho de tanga além do nada!
O seu corpo aos meus sonhos era oferta,
oferenda de amor à madrugada.
A rua, rufiona, então deserta,
calava a vida à noite mal amada!
Seus respiros suaves e tranquilos
erguiam para mim róseos mamilos
eriçados do frio, a mim alheios.
Mergulhei nas dações dos devaneios,
sonhando cenas com aqueles seios,
sem conseguir tocar ou possuí-los...
JPessoa, 28.06.10
Odir, de passagem
Parei ante a janela entreaberta,
bem perto de meus passos na calçada.
Ela dormia quase descoberta.
Um tiquinho de tanga além do nada!
O seu corpo aos meus sonhos era oferta,
oferenda de amor à madrugada.
A rua, rufiona, então deserta,
calava a vida à noite mal amada!
Seus respiros suaves e tranquilos
erguiam para mim róseos mamilos
eriçados do frio, a mim alheios.
Mergulhei nas dações dos devaneios,
sonhando cenas com aqueles seios,
sem conseguir tocar ou possuí-los...
JPessoa, 28.06.10