A FALTA
Odir, de passagem

Sinto falta. Não sei do que, mas sinto
uma angústia sem causa que inquieta
a alma triste e queda de um poeta
atormentado por temor infinto.

Que me deixem beber desse absinto,
amargurando o dia que projeta
outra noite vazia e descompleta
de meu mundo de paz, agora extinto.

Na rede, tenho sede e sinto falta,
e essa falta inda mais se sobressalta,
quando um vulto, de bruços, na janela,

relembra, do passado, tarde flava
quando alguém da janela me acenava...
Quanta falta me faz a falta dela!

JPessoa, 30.06.10
oklima
Enviado por oklima em 30/06/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2350550
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