MEUS OLHOS

Meus olhos, secos como deserto,

Lágrimas não produzem mais

Nem choram dores irreais,

Assim, do lamento me liberto.

Eles mantêm-se abertos

Às maravilhas universais,

Mas às questões emocionais

Seu pranto é quase incerto.

Não mais choram por coisas quaisquer,

Nem mesmo pelo desprezo da mulher

Que insiste em não falar comigo...

Meus olhos choram somente

Pelo que o meu coração sente:

A falta daquele ombro amigo.

Joésio Menezes
Enviado por Joésio Menezes em 30/06/2010
Código do texto: T2350038
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