MEUS OLHOS
Meus olhos, secos como deserto,
Lágrimas não produzem mais
Nem choram dores irreais,
Assim, do lamento me liberto.
Eles mantêm-se abertos
Às maravilhas universais,
Mas às questões emocionais
Seu pranto é quase incerto.
Não mais choram por coisas quaisquer,
Nem mesmo pelo desprezo da mulher
Que insiste em não falar comigo...
Meus olhos choram somente
Pelo que o meu coração sente:
A falta daquele ombro amigo.