O que me dói mais fundo, com certeza,
No mundo da incerteza dos sentidos,
Saber que a fome não faz gentileza
E torna a todos mais embrutecidos.

O que machuca a alma como um cravo
E escravo dos sentidos torna o corpo,
Saber que incerto do saber que travo,
Por certo deixarei o mundo, morto.

O que em vão desespera a má virtude,
É fato mais que certo, é a maldade
Que atua devagar, mas tudo invade.

E nunca tenha eu cá convicções,
Ao crer que em toda vida há finitude.
Que a cada decisão, decerto, eu mude.


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