Amor: Mertiolate que não dói
O vidro que quebra não cola mais
Pode-se tentar, sempre fica um arranhão
Assim também é o pobre coração
Que perdoa, mas não esquece jamais
A ferida sarou, mas ainda ficou a cicatriz
Lembrando uma guerra que já terminou
E o soldado que não morreu e ali ficou
Não dorme, mas acorda sempre o mesmo infeliz
Talvez o amor cure feridas passadas
A dor e o ódio não encontrem mais lugar
E a cicatriz suma da pele cortada
Talvez o amor fale mais que a razão
Versejando assim fico a pensar
Talvez o amor não seja mesmo em vão
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