Rascunho
O som que soa, ecoa de dentro
Pulsando firme, forte sem medo
É grito! Que se faz ouvir segredo
Sem vacilo, sem mística e pudor
O olhar vaga pede a rota do vento
Voa, sopra, me leva ou traz a vida
E lave! No, prata da chuva a ferida
Com paixão, no desejo e com amor
Atrelados à noite, soprado amanhã
Que foi ontem, fruta, agora mal sã
Meio tom, sussurrando a meia voz
A meia vida, e na morte à meia luz
Palavras entrelinhas, a mão conduz
O rascunho que transcrevo pra nós