ALMAS

Manchado de saudade e umidecida

no papel que em letras rudes é descrito

quem le sente a dor que traz o manuscrito

da alma que ao longe ama enternecida.

Se acomoda como pode e vaga ao léu

procurando ajeitar-se doidivana

mas sem jeito segue sempre a caravana

das que estão se amando no céu

Ais que ecoam no vazio longíncuo

na linguagem emudecida muito além

comunicam em pensamentos recíprocos

desvairados mas sem cometer equívocos

a eternidade para elas é muito pouco

nas moradas que as servem dizem, amém!

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 29/06/2010
Código do texto: T2347578